Vivemos dias em que o palco, a tela e a caneta se tornaram instrumentos de guerra espiritual, ideológica e moral. O artista cristão precisa compreender seu papel não apenas como um comunicador de emoções ou estéticas, mas como um agente de transformação e discernimento, especialmente no que diz respeito à política e à cultura.
Quando falamos da arte de direita, não estamos defendendo um partido ou um sistema terreno específico, mas sim uma postura de fidelidade aos valores eternos e imutáveis da Palavra de Deus. O verdadeiro artista do Reino não pode se alinhar, conscientemente, a propostas políticas que relativizam a moral, atacam a família, promovem a ideologia de gênero e legalizam práticas que afrontam diretamente os princípios do Criador.
A esquerda política moderna, em sua maioria, tem sido defensora aberta de pautas progressistas que, na prática, significam retrocesso espiritual. O apelo à “liberdade” se torna um pretexto para a libertinagem, e a defesa das "minorias" muitas vezes esconde a imposição de narrativas contrárias à natureza humana conforme a Escritura. Em nome da inclusão, tentam excluir a Verdade. Em nome da arte, promovem blasfêmias, imoralidades e inversões de valores.
A Bíblia nos ensina a discernir. O apóstolo Paulo escreve em Romanos 12:2:
"E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento..."
Essa transformação não é passiva. Ela exige posicionamento. Exige coragem. E exige compreensão política e cultural.
Ao longo da história, vimos o avanço de ideias contrárias à fé cristã por meio de sofismas, argumentos falsos com aparência de verdade. Já nos dias de Paulo, em 2 Coríntios 10:4-5, ele nos adverte:
"As armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição de fortalezas, destruindo sofismas e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus..."
A esquerda em nosso país, segue o mesmo método filosófico usado e originado na Grécia antiga, onde sofistas eram contratados para enganar o povo com promessas e fatos mentirosos, porém que eram prazerosos de se ouvir, pois mesmo no caos, se pinta a história de que tudo está bem e bem melhor do que estar sem o atual mandatário. Ou seja, é maquiar uma mentira como se fosse a verdade. Isso te lembra alguém ou algum partido?
Um exemplo histórico de sofisma foi a distorção do conceito de “liberdade” durante a Revolução Francesa. O lema “liberdade, igualdade, fraternidade” foi usado para justificar assassinatos, perseguições religiosas e o esvaziamento moral da sociedade. Mais recentemente, vemos o mesmo mecanismo sendo utilizado para promover o aborto, destruir os papéis familiares e tentar calar qualquer voz que ouse afirmar que há um padrão divino para o ser humano.
Diante disso, a arte deve ser uma espada e não uma venda. O artista cristão tem a missão de criar com responsabilidade, denunciando as obras das trevas (Efésios 5:11), despertando consciências adormecidas e elevando o nível intelectual e espiritual da sociedade por meio da música, do teatro, da literatura, do cinema, da pintura, da dança. A arte não pode continuar sendo um espelho das trevas, ela deve ser uma janela para a luz.
Não é hora de neutralidade. É hora de discernimento. O cristão que é artista deve estudar, entender a geopolítica, ler as Escrituras com profundidade e produzir com coragem. É tempo de formar uma nova geração de artistas que glorifiquem a Deus não só no conteúdo da obra, mas também nas convicções que sustentam sua existência.
Não se trata apenas de estética. Trata-se de eternidade.
Que sejamos, com nossa arte e com nossa postura, sal e luz, inclusive na política.
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